KŌRÜX · Realms Unseen

“Realms Unseen” é uma faixa original composta para a Impressions Composing Jam #3 , inspirada pelo tema Reinos Invisíveis e guiada por três imagens de referência que evocam mistério, silêncio e vastidão do universo.

Criada ao longo de 17 dias, o projeto explorou texturas eletrônicas, atmosfera etérea e narrativa sonora minimalista — buscando sonorizar aquilo que existe além da percepção comum.


⏯ Processo

O ponto de partida foram três imagens astronômicas — a Great Comet of 1843 fotografada por Charles Piazzi Smyth, e duas capturas do Hubble Telescope (SSTC2D J033038.2+303212 e Crab Nebula).

Todas evocavam a grandiosidade silenciosa do cosmos e a sensação de algo imenso, porém inalcançável.

Fortemente influenciado por esses registros de galáxias distantes, optei por explorar uma estética ambient / drone com caráter espacial e meditativo, guiado por intensidade lenta e expansão gradual.

Durante a pesquisa sonora, considerei duas referências principais (álbuns):

  • Movements, de Solar Fields — pela estrutura synth e atmosfera tecnológica;
  • Structures From Silence, de Steve Roach — pela organicidade etérea e sensação de transcendência.

A segunda referência se tornou a bússola do projeto, por traduzir melhor a ideia central: a jornada de um satélite tentando estabelecer comunicação com uma estrela longínqua — uma narrativa construída mais pela respiração do som do que pela melodia tradicional.

Foi uma busca pelo que imaginei ser o som das estrelas.

Diante do prazo limitado, decidi trabalhar com samples, texturas e camadas, construindo harmonia e movimento através de mixagem cuidadosa e transições sutis.

As limitações técnicas do BandLab, especialmente em automações, direcionaram a escolha por uma abordagem mais minimalista e contemplativa — o que reforçou ainda mais a estética do silêncio cósmico.


✨ Aprendizados

  • Descobri que ambient/drone ressoa muito comigo — mais do que eu imaginava. Quero explorar o gênero com mais profundidade e intenção.
  • Começar pelo caos funciona — permitir bagunça inicial, testar texturas e ouvir tudo junto foi o jeito mais rápido de entender a direção da faixa.
  • Desapegar é libertador — não ter medo de adicionar, recortar ou apagar segmentos tornou o processo mais leve e abriu espaço para decisões melhores. Pode-se dizer que gostar de um sample não significa gostar deste na ideia vigente.

📡 Refs.


Este texto foi escrito por um humano, e revisado com o auxílio de uma inteligência artificial.